ROMANOS 1 – EVANGELHO EXALTADO

 

1, Paulo, servo do Senhor Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o Evangelho de Deus,

2, o qual Ele havia prometido anteriormente por meio dos seus profetas nas Escrituras Sagradas,

3, acerca de seu Filho, que, humanamente, nasceu da descendência de Davi,

4, e com poder foi declarado Filho de Deus segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dentre os mortos: Jesus Cristo, nosso Senhor.

5, Por intermédio dele e por causa do seu Nome, recebemos graça e apostolado para chamar dentre todas as nações um povo para a obediência que deriva da fé.

6, E vós, igualmente, estais entre os chamados para pertencerdes a Jesus Cristo.

7, A todos os que estais em Roma, amados de Deus, convocados para serdes santos: Graça e Paz a vós, da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!

 

Paulo quer ir à Igreja em Roma

8, Em primeiro lugar, sou grato a meu Deus, mediante Jesus Cristo por todos vós, porquanto em todo o mundo é proclamada a fé que demonstrais.

9, Deus, a quem sirvo de todo o coração pregando o Evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como sempre me recordo de vós

10, em minhas orações; e rogo que agora pela vontade de Deus, seja-me aberto o caminho para que, enfim, eu vos possa visitar.

11, Pois grande é o desejo do meu coração em ver-vos, para compartilhar convosco algum dom espiritual, a fim de que sejais fortalecidos,

12, quero dizer, para que eu e vós sejamos mutuamente encorajados pela fé.

13, E não desejo, irmãos, que desconheçais, que por muitas vezes planejei visitar-vos, contudo, tenho sido impedido até esse momento. Meu objetivo é colher algum fruto espiritual entre vós, assim como tenho alcançado entre os gentios.

14, Eu sou devedor, tanto a gregos quanto a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.

15, De modo que, em tudo o que depender de mim, estou preparado para anunciar o Evangelho também a vós que estais em Roma.

 

O tema da carta: a justiça pela fé

16, Porquanto não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crê; primeiro do judeu, assim como do grego;

17, visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé”.

 

A ira de Deus contra os sem fé

18, Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça humana,

19, pois o que de Deus se pode conhecer é evidente entre eles, porque o próprio Deus lhes manifestou.

20, Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido observados claramente, podendo ser compreendidos por intermédio de tudo o que foi criado, de maneira que tais pessoas são indesculpáveis;

21, porquanto, mesmo havendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças; ao contrário, seus pensamentos passaram a ser levianos, imprudentes, e o coração insensato deles tornou-se em trevas.

22, E, proclamando-se a si mesmos como sábios, perderam completamente o bom senso
23, e trocaram a glória do Deus imortal por imagens confeccionadas conforme a semelhança do ser humano mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis.

24, Por esse motivo, Deus entregou tais pessoas à impureza sexual, segundo as vontades pecaminosas do seu coração, para degradação de seus próprios corpos entre si.

25, Porquanto trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram objetos e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém!

26, E, por essa razão, Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza.

27, De igual modo, os homens também abandonaram as relações sexuais naturais com suas mulheres e se inflamaram de desejo sensual uns pelos outros. Deram, então, início a sucessão de atos indecentes, homens com homens, e, por isso, receberam em si mesmos o castigo que a sua perversão requereu.

28, Além do mais, considerando que desprezaram o conhecimento de Deus, Ele mesmo os entregou aos ardis de suas próprias mentes depravadas, que os conduz a praticar tudo o que é reprovável.

29, Então, tornaram-se cheios de toda espécie de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão empanturrados de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros,

30, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; vivem criando maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais;

31, são insensatos, desleais, sem amor e respeito à família, sem qualquer misericórdia para com o próximo.

32, E, apesar de conhecerem a justa Lei de Deus, que declara dignos de morte todas as pessoas que praticam tais atos, não somente os continuam fazendo, mas ainda aprovam e defendem aqueles que também assim procedem.

 

 

ROMANOS 2 – IMPARCIALIDADE DE DEUS

 

1, Portanto, és indesculpável, ó homem, sejas quem for, quando julgas, porque a ti mesmo te condenas em tudo aquilo que julgas no teu semelhante; pois tu, que julgas, praticas exatamente as mesmas atitudes.

2, Mas nós sabemos que o julgamento de Deus é de acordo com a verdade contra os que praticam tais ações.

3, Deste modo, quando tu, um simples ser humano, os julga e, todavia, praticas os mesmos atos, pensas que de alguma forma escaparás ao juízo de Deus?

4, Ou, porventura, desprezas a imensa riqueza da bondade, tolerância e paciência, não percebendo que é a própria misericórdia de Deus que te conduz ao arrependimento?

5, Entretanto, por causa da tua teimosia e do teu coração insensível e que não se arrepende, acumulas ira sobre ti no dia da ira de Deus, quando se revelará plenamente o seu justo julgamento.

6, Deus retribuirá a cada um segundo o seu procedimento.

7, Ele concederá vida eterna aos que perseverando em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade.

8, Por outro lado, reservará ira e indignação para todos os que se conservam egoístas, que rejeitam a verdade e preferem seguir a injustiça.

9, Ele trará tribulação e angústia sobre todo ser humano que persiste em praticar o mal, em primeiro lugar para o judeu, e, em seguida, para o grego;

10, porém, glória, honra e paz para todo aquele que perseverar na prática do bem; primeiro para o judeu, depois para o grego.

11, Porquanto em Deus não existe parcialidade alguma.

12, Pois todos os que sem a Lei pecaram, sem a Lei também perecerão; e todos os que pecarem sob a Lei, pela Lei serão julgados.

13, Pois, diante de Deus, não são os que simplesmente ouvem a Lei considerados justos; mas sim, os que obedecem à Lei, estes serão declarados justos.

14, De fato, quando os gentios que não têm Lei, praticam naturalmente o que ela ordena, tornam-se lei para si mesmos, muito embora não possuam a Lei;

15, pois demonstram claramente que os mandamentos da Lei estão gravados em seu coração. E disso dão testemunho a sua própria consciência e seus pensamentos, algumas vezes os acusando, em outros momentos lhe servindo por defesa.

16, Todos esses fatos serão observados na humanidade, no dia em que Deus julgar os segredos dos homens, por intermédio de Jesus Cristo, de acordo com as declarações do meu Evangelho. O crente deve ser fiel à Palavra

17, Ora, tu que levas o nome de judeu, e te fundamentas na Lei, e te glorias em Deus.

18, Tu que conheces a vontade de Deus e aprovas as obras excelentes, porque és instruído pela Lei.

19, Tu que estás certo de que foi chamado para ser guia de cegos, luz para os que estão na escuridão,

20, mestre dos ignorantes, professor de crianças, porquanto têm na Lei a expressão maior do conhecimento e da verdade.

21, Pois então, tu que tanto ensinas a outros, por que não educas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?

22, Tu, que ensinas que não se deve cometer adultério, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, mas lhes roubas os templos?

23, Tu, que te orgulhas da Lei, desonra a Deus, desobedecendo à própria Lei?

24, Pois, como está escrito: “Por vossa causa, o nome de Deus é blasfemado entre todos os povos!”

25, Porquanto, a circuncisão tem valor se obedecerdes a Lei, mas, se tu não observares a Lei, a tua circuncisão já se tornou em incircuncisão.

26, Se aqueles que não são circuncidados praticam os preceitos da Lei, não serão eles considerados circuncisos?

27, E aquele que é, por natureza incircunciso, mas cumpre a Lei, ele condenará a ti, que, mesmo tendo a Lei escrita e a circuncisão, és transgressor da Lei.

28, Portanto, não é legítimo judeu quem simplesmente o é exteriormente, nem é verdadeira, circuncisão a que é feita apenas fora do coração, no corpo físico.

29, Absolutamente não! Judeu é quem o é interiormente, e circuncisão é realizada na alma do crente, pelo Espírito, e não apenas pela letra da Lei. Para todos estes, o louvor não provém dos homens, mas de Deus!

 

 

ROMANOS 3 – CULPA DO MUNDO INTEIRO

 

1, Que vantagem pode haver, então, em ser judeu, ou que utilidade existe na circuncisão?

2, Muita, em todos os sentidos! Primeiramente, porque ao judeu foram confiadas as palavras de Deus.

3, Sendo assim, que importa se alguns desses judeus foram infiéis? A infidelidade deles conseguiria anular a fidelidade de Deus?

4, Absolutamente não! Seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso. Como está escrito: “Para que sejas justificado em tuas palavras, e sejas vitorioso quando fores julgado”.

5, Mas, se a nossa injustiça ressalta de forma ainda mais nítida a justiça de Deus, que concluiremos? Acaso Deus é injusto por aplicar a sua ira? Estou apenas refletindo com a lógica humana.

6, É evidente que não! Se fosse assim, como Deus julgará o mundo?

7, Mas, alguém pode alegar: “Se a minha mentira ressalta a veracidade de Deus, engrandecendo ainda mais sua glória, por que sou condenado como pecador?”

8, Ora, por que não dizer como alguns caluniosamente afirmam que dizemos: “Pratiquemos o mal para que nos sobrevenha o bem?” Por certo, a condenação dos tais é merecida!

 

O ser humano é infiel e injusto

9, Qual a conclusão? Estamos nós em posição de vantagem? Não! Já demonstramos que tanto judeus quanto gentios estão todos subjugados pelo pecado.

10, Como está escrito: “Não há nenhum justo, nem ao menos um;

11, não há uma só pessoa que entenda, ninguém que de fato busque a Deus.

12, Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que pratique o bem, não existe uma só pessoa.

13, Suas gargantas são como um túmulo aberto; usam suas línguas para ludibriar, enquanto, debaixo dos seus lábios está o veneno da serpente.

14, Suas bocas estão cheias de maldição e amargura.

15, Seus pés são rápidos para derramar sangue;

16, Os seus passos são marcados por destruição e miséria;

17, e não conhecem o caminho da paz.

18, Consideram que é inútil temer a Deus”.

19, Ora, sabemos que tudo o que a Lei diz, o diz aos que estão sob o domínio da Lei, para que toda a boca se cale e todo mundo fique sujeito ao juízo de Deus.

20, Portanto, ninguém será declarado justo diante dele confiando na obediência à Lei, pois é precisamente por meio da Lei que chegamos à irrefutável conclusão de que somos todos pecadores.

 

Justificados pela fé em Jesus

 

21, Entretanto, nesses últimos tempos, se manifestou uma justiça proveniente de Deus, independente da Lei, mas da qual testemunham a Lei e os Profetas;

22, isto é, a justiça de Deus, por intermédio da fé em Jesus Cristo para todas as pessoas que crêem. Porquanto não há distinção.

23, Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,

24, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.

25, Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação por meio da fé, pelo seu sangue, proclamando a evidência da sua justiça. Por sua misericórdia, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;

26, mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que deposita toda a sua fé em Jesus.

27, Onde está, pois, a razão para tanto orgulho? Foi completamente excluído! Por qual lei? Das obras? Não, ao contrário, pela lei da fé.

28, Concluímos, portanto, que o ser humano é justificado pela fé, independentemente da obediência à Lei!

29, Deus é Deus apenas dos judeus? Ora, não é Ele igualmente Deus de todos os povos? Evidente que sim, dos gentios também,

30, visto que há um só Deus, que pela fé justificará os circuncisos e os incircuncisos.
31, Anulamos, pois, a Lei por causa da fé? De modo algum! Ao contrário, confirmamos a Lei.

 

 

ROMANOS 4 – JUSTIFICAÇÃO DA FÉ EVIDENCIADA NO VELHO TESTAMENTO

 

1, Portanto, que diremos sobre nosso pai humano Abraão?

2, Se de fato Abraão foi justificado pelas obras, ele tem do que se orgulhar, mas não diante de Deus.

3, Entretanto, o que diz a Escritura? “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça”.

4, Ora, o salário daquele que trabalha não é considerado como favor, mas como dívida.

5, Todavia, ao que não trabalha, mas crê em Deus, que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça.

6, Assim, também, Davi fala da bem-aventurança do homem a quem Deus leva em conta a justiça independente de obras:

7, “Como são felizes as pessoas que têm suas transgressões perdoadas, cujos pecados são cancelados!

8, Bem-aventurado aquele a quem o Senhor jamais cobrará o preço do pecado!”

9, Essa imensa felicidade é destinada apenas aos que fizeram a circuncisão, ou é também oferecida aos incircuncisos? Pois já afirmamos que, no caso de Abraão, a fé lhe foi creditada como justiça.

10, Em que momento lhe foi creditada? Antes ou depois de ter sido circuncidado? De fato, não o foi depois, mas antes da circuncisão!

11, Sendo assim, ele recebeu a marca da circuncisão, como um selo da justiça que ele tinha pela fé, quando ainda não era circuncidado, para que fosse pai de todos os que crêem, ainda que não tenham sido circuncidados, a fim de que a justiça fosse creditada também a favor deles;

12, ele é igualmente pai dos circuncisos que não apenas passaram pela circuncisão, mas que também caminham sobre as marcas dos passos da fé que demonstrou nosso pai Abraão antes de ser circuncidado.

13, Porquanto, não foi pela Lei que Abraão, ou sua descendência, recebeu a promessa de que ele havia de ser o herdeiro do mundo; ao contrário, foi pela justiça da fé.

14, Pois se os que vivem pela Lei são herdeiros, a fé não tem valor e a promessa é nula.

15, Porque a Lei produz a ira; mas onde não há Lei também não pode haver transgressão.

16, Por esse motivo, a promessa procede da fé, para que seja de acordo com a graça, a fim de que a promessa seja garantida a toda a descendência de Abraão, não somente a que é da Lei, mas igualmente a que é da fé que Abraão teve. Ele, portanto, é o pai de todos nós!

17, Como está escrito: “Eu o constituí pai de muitas nações”. Ele é o nosso pai aos olhos de Deus, em quem Abraão depositou sua fé, o Deus que dá vida aos mortos e convoca à existência elementos inexistentes, como se existissem.

18, Abraão, crendo, esperou contra todos os prognósticos desfavoráveis, tornando-se, assim, pai de muitas nações, como ficou registrado a seu respeito: “Assim será a sua descendência”.

19, Sem desfalecer na fé, reconheceu que seu corpo físico perdera a vitalidade de outrora, pois já contava cerca de cem anos de idade, e que também o ventre de Sara não tinha o vigor do passado.

20, Mesmo considerando tudo isso, não duvidou nem foi incrédulo quanto ao que Deus lhe prometera; mas, pela fé, se fortaleceu, oferecendo glória a Deus,

21, estando absolutamente convicto de que Ele era poderoso para realizar o que havia prometido.

22, Por essa razão, “isso lhe foi atribuído como justiça”.

23, Todavia, não é somente para ele que as palavras “isso lhe foi atribuído como justiça” foram registradas,

24, mas igualmente para todos nós, a quem Deus concederá justificação, a nós que cremos naquele que ressuscitou dos mortos, a Jesus, nosso Senhor.

25, Ele foi entregue à morte para pagar todos os nossos pecados e ressuscitado para nossa completa justificação. O justificado tem Paz com Deus.

 

 

ROMANOS 5 – RESULTADOS DA JUSTIFICAÇÃO

 

1, Portanto, havendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo,

2, por intermédio de quem obtivemos pleno acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmados, e nos gloriamos na confiança plena da glória de Deus.

3, Mas não somente isso, como também nos gloriamos nas tribulações, porque aprendemos que a tribulação produz perseverança;

4, a perseverança produz um caráter aprovado; e o caráter aprovado produz confiança.

5, E a confiança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que Ele mesmo nos outorgou.

6, Em verdade, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu por todos os ímpios.

7, Sabemos que é muito difícil que alguém se disponha a morrer por um justo; embora por uma pessoa que se dedique ao bem, talvez, alguém tenha a coragem de dispor sua vida.

8, Porém, Deus comprova seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido em nosso benefício quando ainda andávamos no pecado.

9, Agora, como fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda, por intermédio dele, seremos salvos da ira de Deus!

10, Ora, se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com Ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais no presente, havendo sido feitos amigos de Deus, seremos salvos por sua vida.

11, E, ainda mais, se nos gloriamos também em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, completa reconciliação.

 

Morte em Adão, Vida em Cristo

12, Concluindo, da mesma forma como o pecado ingressou no mundo por meio de um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte foi legada a todos os seres humanos, porquanto todos pecaram.

13, Porque antes de ser promulgada a Lei, o pecado já estava no mundo; todavia, o pecado não é levado em conta quando não existe a lei.

14, No entanto, a morte reinou desde a época de Adão até os dias de Moisés, mesmo sobre aqueles que não cometeram pecado semelhante à desobediência de Adão, o qual era uma prefiguração daquele que haveria de vir.

15, Contudo, não há comparação entre o dom gratuito e a transgressão. Pois, se muitos morreram por causa da desobediência de um só, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, transbordou para multidões!

16, Por isso, não se pode comparar a graça de Deus com a conseqüência do pecado de um só homem; porquanto, o julgamento derivou de uma só ofensa que resultou em condenação, mas o dom gratuito veio de muitas transgressões e trouxe a justificação.

17, Pois, se pela transgressão de um só homem, a morte reinou por meio desse, muito mais os que recebem da transbordante provisão da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por intermédio de um único homem: Jesus Cristo!

18, Portanto, assim como uma só transgressão determinou na condenação de todos os seres humanos, assim igualmente um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens.

19, Sendo assim, como por meio da desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também, por intermédio da obediência de um único homem, muitos serão feitos justos.

20, A Lei foi instituída para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,

21, para que, assim como o pecado reinou na morte, assim também reine a graça pela justiça para outorgar vida eterna, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor.

 

 

ROMANOS 6 – CRENTES SÃO MORTOS PARA O PECADO E VIVOS PARA DEUS

 

1, Então, qual seria a conclusão? Devemos continuar pecando a fim de que a graça seja ainda mais ressaltada?

2, De forma alguma! Nós que morremos para o pecado, como seria possível desejar viver sob seu jugo?

3, Ou ignoreis que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos igualmente batizados na sua morte?

4, Portanto, fomos sepultados com Ele na morte por meio do batismo, com o propósito de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma nova vida.

5, Se desse modo fomos unidos a Ele na semelhança da sua morte, com toda a certeza o seremos também na semelhança da sua ressurreição.

6, Pois temos conhecimento de que a nossa velha humanidade em Adão foi crucificada com Ele, a fim de que o corpo sujeito ao pecado fosse destruído, para que nunca mais venhamos a servir ao pecado.

7, Porquanto, todo aquele que morreu já foi justificado do pecado.

8, E mais, se morremos com Cristo, cremos que também com Ele viveremos!

9, Pois sabemos que, havendo sido ressuscitado dos mortos, Cristo não pode morrer novamente; ou seja, a morte não tem mais qualquer poder sobre Ele.

10, Porque ao morrer para o pecado, morreu de uma vez por todas para o pecado, todavia, quanto ao viver, vive para Deus.

11, Assim, desta mesma maneira, considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.

12, Portanto, não permitais que o pecado domine vosso corpo mortal, forçando-vos a obedecerdes às suas vontades.

13, Tampouco, entregais os membros do vosso corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; antes consagrai-vos a Deus com quem fostes levantados da morte para a vida; e ofereçais os vossos membros do corpo a Ele, como instrumentos de justiça.

14, Porquanto o pecado não poderá exercer domínio sobre vós, pois não estais debaixo da Lei, mas debaixo da Graça!

 

Súditos da Justiça pela Graça

15, Que resposta dar? Vamos nos atirar ao pecado porque não estamos sob o jugo da Lei mas sob o poder da lei da Graça? Não! De forma alguma.

16, Não estais informados de que ao vos entregardes a alguém como escravos para lhe obedecer, sois escravos deste a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, seja da obediência que leva à justiça?

17, Todavia, graças a Deus, porquanto, embora havendo sido escravos do pecado, obedecestes de coração à forma do ensino a que fostes submetidos.

18, Vós fostes libertos do pecado e vos tornaram escravos da justiça.

19, Expresso-me, assim, nos termos do homem comum, por causa da fraqueza da vossa carne. Pois, assim, como apresentastes os membros do vosso corpo como escravos da impureza e da maldade que conduz a iniqüidades ainda maiores; apresentai, a partir de agora, todos os membros do vosso corpo como escravos da justiça para a santificação.

20, Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis livres em relação à justiça.

21, E que fruto colhestes, então, das atitudes das quais agora vos envergonhais? Pois o resultado final delas é a morte!

22, Contudo, agora libertos do pecado, e tendo sido transformados em escravos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação, e por fim a vida eterna.

23, Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor!

 

 

ROMANOS 7 – CRENTES UNIDOS A CRISTO

 

1, Caros irmãos, falo convosco como conhecedores da Lei. Acaso não sabeis que a Lei tem autoridade sobre uma pessoa apenas enquanto ela vive?

2, Por exemplo, pela Lei a mulher casada está ligada ao marido enquanto ele vive; mas, se ele morrer, ela está livre da lei do casamento.

3, Por isso, se ela se casar com outro homem, enquanto seu marido ainda estiver vivo, será considerada adúltera. Mas se o marido morrer, ela estará livre daquela lei, e mesmo que venha a se casar com outro homem, não estará adulterando.

4, Assim também, vós, meus irmãos, morrestes quanto à Lei mediante o corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, àquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus.

5, Pois quando éramos dominados pela natureza pecaminosa, as paixões dos pecados, instigadas pela própria Lei, agiam livremente em nosso corpo, de maneira que dávamos frutos para a morte.

6, Mas, agora, fomos libertos da Lei, havendo morrido para aquilo que nos aprisionava, para servimos de acordo com a nova ministração do Espírito, e não conforme a velha forma da Lei escrita.

 

A Lei condena, Jesus liberta

7, Portanto, que concluiremos? A Lei é pecado? De forma alguma! De fato, eu não teria como saber o que é pecado, a não ser por intermédio da Lei. Porquanto, na realidade, eu não haveria conhecido a cobiça, se primeiro a Lei não tivesse dito: “Não cobiçarás”.

8, Mas o pecado, aproveitando-se da ocasião dada pelo mandamento, provocou em mim todo o tipo de cobiça; porque, onde não há lei, o pecado está morto.

9, Antes eu vivia sem a Lei; mas quando veio o mandamento, o pecado reviveu, e eu fui ferido de morte;

10, e descobri que o mandamento que era para vida, transformou-se em morte para mim.

11, Porquanto o pecado, valendo-se do mandamento, iludiu-me, e por meio dele me matou.

12, De maneira que a Lei é santa, e o mandamento, santo, justo e bom.

13, Portanto, isso significa que o que era bom tornou-se morte para mim? De forma alguma! Mas o pecado para que se revelasse como pecado, produziu em mim a morte por intermédio do que era bom; a fim de que, por meio do mandamento, o pecado se demonstrasse extremamente maligno.

14, Porquanto é do nosso pleno conhecimento de que a Lei é espiritual; eu, entretanto, sou limitado pela carne, pois fui vendido como escravo ao pecado.

15, Pois não compreendo meu próprio modo de agir; porquanto o que quero, isso não pratico; entretanto, o que detesto, isso me entrego a fazer.

16, Ora, e se faço o que não desejo, tenho que admitir que a Lei é boa.

17, Nesse sentido, não sou mais eu quem determina o meu agir, mas sim o pecado que habita em mim.

18, Porque sei que na minha pessoa, isto é, na minha carne, não reside bem algum; porquanto, o desejar o bem está presente em meu coração, contudo, não consigo realizá-lo.

19, Pois o que pratico não é o bem que almejo, mas o mal que não quero realizar, esse eu sigo praticando.

20, Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o realiza, mas o pecado que reside em mim.

21, Assim, descubro essa Lei em minha própria carne: quando quero fazer o bem, o mal está presente em mim.

22, Pois no íntimo da minha alma tenho prazer na Lei de Deus;

23, contudo, vejo uma outra lei agindo nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha razão, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em todos os meus membros.

24, Miserável ser humano que sou! Quem me libertará deste corpo de morte?

25, Graças a Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, eu mesmo com a razão sirvo à Lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.

 

 

ROMANOS 8 – LIBERTAÇÃO DO CATIVEIRO

 

1, Portanto, agora não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus.

2, Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.

3, Porquanto, aquilo que a Lei fora incapaz de realizar por estar enfraquecida pela natureza pecaminosa, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do ser humano pecador, como oferta pelo pecado. E, assim, condenou o pecado na carne,

4, para que a justa exigência da Lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a natureza carnal, mas segundo o Espírito.

5, Os que vivem segundo a carne têm a mente voltada para as vontades da natureza carnal, entretanto, os que vivem de acordo com o Espírito, têm a mente orientada para satisfazer o que o Espírito deseja.

6, A mentalidade da carne é morta, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz.
7, Porque a mentalidade da carne é inimiga de Deus, pois não se submete à Lei de Deus, nem consegue fazê-lo.

8, Os que vivem na carne não podem agradar a Deus.

9, Vós, contudo, não estais debaixo do domínio da carne, mas do Espírito, se é que de fato o Espírito de Deus habita em vós. Todavia, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo.

10, Porém, se Cristo está em vós, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.

11, E, se o Espírito daquele que ressuscitou dos mortos a Jesus habita em vós, aquele que ressuscitou dos mortos a Cristo Jesus igualmente vos dará vida a seus corpos mortais, por intermédio do seu Espírito que habita em vós.

12, Portanto, irmãos, estamos em dívida, não para com a natureza carnal, para andarmos submissos a ela.

13, Porque, se viverdes de acordo com a carne, certamente morrereis; no entanto, se pelo Espírito fizerdes morrer os atos do corpo, vivereis.

14, Porquanto, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.

15, Pois vós não recebestes um espírito que vos escravize para andardes, uma vez mais, atemorizados, mas recebestes o Espírito que os adota como filhos, por intermédio do qual podemos clamar: “Abba, Pai!”

16, O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.

17, Se somos filhos, então, também somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se realmente participamos dos seus sofrimentos para que, da mesma maneira, participemos da sua glória.

 

O sofrimento e a glória futura

18, Estou absolutamente convencido de que os nossos sofrimentos do presente não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.

19, A própria natureza criada aguarda, com vívido anseio, que os filhos de Deus sejam revelados.

20, Porquanto a criação foi submetida à inutilidade, não por sua livre escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou,

21, na esperança de que também a própria natureza criada será libertada do cativeiro da degeneração em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade outorgada aos filhos de Deus.

22, Sabemos que até hoje toda a criação geme e padece, como em dores de parto.

23, E não somente ela, mas igualmente nós, que temos os primeiros frutos do Espírito, também gememos em nosso íntimo, esperando com ansiosa expectativa, por nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo.

24, Porquanto, precisamente nessa esperança fomos salvos. Contudo, esperança que se vê não é esperança; pois como pode alguém anelar por aquilo que está vendo?

25, Porém, se esperamos por algo que ainda não podemos ver, com paciência o aguardamos.

26, Do mesmo modo, o Espírito nos auxilia em nossa fraqueza; porque não sabemos como orar, no entanto, o próprio Espírito intercede por nós com gemidos impossíveis de serem expressos por meio de palavras.

27, E aquele que sonda os corações conhece perfeitamente qual é a intenção do Espírito; porquanto, o Espírito suplica pelos santos em conformidade com a vontade de Deus.

 

Somos mais que vencedores

28, Estamos certos de que Deus age em todas as coisas com o fim de beneficiar todos os que o amam, dos que foram chamados conforme seu plano.

29, Porquanto, aqueles que antecipadamente conheceu, também os predestinou para serem semelhantes à imagem do seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

30, E aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes igualmente justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou.

 

Hino de vitória: Deus é por nós

31, A que conclusão, pois, chegamos diante desses fatos? Se Deus é por nós, quem será contra nós?

32, Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos concederá juntamente com Ele, gratuitamente, todas as demais coisas?

33, Quem poderá trazer alguma acusação sobre os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica!

34, Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, Ele ressuscitou dentre os mortos e está à direita de Deus, e também intercede a nosso favor.

35, Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou ansiedade, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?

36, Como está escrito: “Por amor de ti somos entregues à morte todos os dias; fomos considerados como ovelhas para o matadouro”.

37, Contudo, em todas as coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.
38, Portanto, estou seguro de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes,

39, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos afastar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.

 

 

ROMANOS 9 – SOLICITUDE FOR ISRAEL

 

1, Digo a verdade em Cristo, não falo inverdades, minha consciência o confirma no Espírito Santo,

2, que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração.

3, Porquanto eu mesmo desejaria ser amaldiçoado e separado de Cristo por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;

4, os quais são israelitas, de quem são a adoção, a glória, as alianças, a promulgação da Lei, o culto e as promessas;

5, de quem são os patriarcas, e a partir deles é traçada a linhagem humana de Cristo, que é Deus acima de tudo e de todos. Seja Ele louvado para sempre! Amém.

 

Deus cumpre suas promessas

6, Não imaginemos que a Palavra de Deus possa ter falhado. Porquanto, nem todos os descendentes de Israel são israelitas fiéis.

7, Nem por serem descendência de Abraão se tornaram todos filhos de Abraão. Ao contrário: “Por intermédio de Isaque, a tua descendência será considerada”.

8, Em outras palavras, não são os filhos naturais que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa é que são considerados como descendentes de Abraão.

9, Pois foi assim que a promessa foi declarada: “No tempo certo virei novamente, e Sara dará à luz um filho”.

10, Esse não foi o único evento; também os filhos de Rebeca tiveram um mesmo progenitor, nosso pai Isaque.

11, Contudo, antes mesmo que os gêmeos nascessem ou realizassem qualquer obra boa ou má, para que o plano de Deus segundo a eleição permanecesse inalterado, não por causa das obras, mas sim por aquele que chama,

12, foi-lhe dito: “O mais velho servirá ao mais novo!”

13, Como está escrito: “Amei a Jacó, mas rejeitei a Esaú”.

14, Que conclusão podemos tirar? Acaso Deus não é justo? De modo algum!

15, Porquanto Ele declara a Moisés: “Terei misericórdia de quem Eu quiser ter misericórdia e terei compaixão de quem Eu desejar ter compaixão.

16, Assim, claro está que isso não depende da vontade, tampouco do esforço do ser humano, mas da maneira como Deus focaliza sua misericórdia.

17, Pois diz a Escritura ao faraó: “Eu o levantei exatamente com esse propósito: revelar em ti o meu poder, e para que o meu Nome seja proclamado por toda a terra.

18, Portanto, Ele tem misericórdia de quem deseja, e endurece o coração de quem quer.

 

A absoluta soberania de Deus

19, Certamente me perguntarás: “Por que Deus ainda nos culpa? Pois, quem pode se opor à sua vontade?”

20, Todavia, quem és tu, ó homem, para questionares a Deus? “Acaso aquilo que é criado pode interpelar seu criador dizendo: ‘Por que me fizeste assim?’

21, Ou o oleiro não tem todo direito de produzir do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para usos menos honrosos?

22, Mas o que tens a dizer se Deus suportou com muita longanimidade os vasos da ira, preparados para a destruição, porque desejava manifestar a sua ira e tornar conhecido seu poder,

23, a fim de que fossem conhecidas as riquezas da sua glória para com os vasos de sua misericórdia, que preparou com grande antecedência para glória,

24, quero dizer, a nós próprios, a quem convocou, não apenas dentre os judeus, mas igualmente dentre todos os gentios?

25, Como diz Ele também em Oséias: “Chamarei ‘meu povo’ a quem não é meu povo; e chamarei ‘minha amada’ a quem não é minha amada”.

26, E mais: “Acontecerá que no mesmo lugar em que lhes foi declarado: ‘Vós não sois meu povo; aí serão chamados filhos do Deus vivo!’”

27, Também Isaías proclama em relação a Israel: “Ainda que o número dos israelitas seja como a areia do mar, apenas o remanescente é que será salvo!

28, Porquanto o Senhor executará sobre a terra a sua sentença, rápida e de uma vez por todas”.
29, E como dissera Isaías anteriormente: “Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado descendentes, já estaríamos como Sodoma e Gomorra”.

 

Israel tropeçou na fé

30, A que conclusão chegamos? Os gentios, que não procuravam justiça, a receberam, uma justiça que vem pela fé;

31, entretanto, Israel, que buscava uma lei que trouxesse justiça, não a alcançou.

32, E porque não? Porque não a buscava pela fé, mas como que por meio das obras. Eles tropeçaram na “pedra de tropeço”.

33, Como está escrito: “Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo; mas aquele que nela confia jamais será envergonhado!”

 

 

ROMANOS 10 – PALAVRA DA FÉ TRAZ A SALVAÇÃO

 

1, Caros irmãos, o desejo do meu coração e a minha oração a Deus em favor dos filhos dos israelitas é que eles sejam salvos.

2, Porquanto sou testemunha quanto ao zelo que eles devotam a Deus, contudo; o seu zelo não tem como base o real conhecimento.

3, Pois, não reconhecendo a justiça que vem de Deus e buscando estabelecer a sua própria, não se submeteram à justiça de Deus.

4, Porque o fim da Lei é Cristo, para justificação de todo o que crê.

5, Ora, Moisés ensina desta maneira sobre a justiça que vem da Lei: “O homem que pratica a justiça proveniente da Lei viverá por meio dela”.

6, Todavia, a justiça que vem da fé declara: “Não digas em teu coração: ‘Quem subirá aos céus? Isto é, para trazer do alto a Cristo.

7, Ou, ainda: ‘Quem descerá ao abismo?’, isto é, para fazer Cristo subir dentre os mortos.
8, Mas o que ela diz? “A palavra está bem próxima de ti, na tua boca e no teu coração”, ou seja, a palavra da fé que estamos pregando:

9, Se, com tua boca, confessares que Jesus é Senhor, e creres em teu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo!

10, Porque com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
11, Conforme diz a Escritura: “Todo o que nele crê jamais será decepcionado”.

12, Portanto, não há distinção entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam.

13, Porque: “Todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo!”

14, No entanto, como invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue?

15, E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Como são maravilhosos os pés dos que anunciam boas novas!”

 

Israel não tem como se escusar

16, Mesmo assim, nem todos os israelitas aceitaram o Evangelho; porquanto, declarou Isaías: “Senhor, quem acreditou em nossa mensagem?”

17, Como conseqüência, a fé vem pelo ouvir as boas novas, e as boas novas vêm pela Palavra de Cristo.

18, Mas, então, indago: Será que não ouviram? Evidente que sim: “Por toda a terra a sua voz ecoou, e as suas palavras até os confins do mundo”.

19, Ora, questiono outra vez: Será que Israel não compreendeu a mensagem? Em primeiro lugar, Moisés proclamou: “Farei que tenham ciúmes de quem não é meu povo; Eu os provocarei à ira por meio de um povo sem entendimento”.

20, E Isaías declarou com toda a ousadia: “Fui achado por aqueles que não me procuravam; revelei-me àqueles que não perguntavam por mim”.

21, Quanto a Israel, no entanto, afirmou: “O tempo todo estendi as mãos a um povo desobediente e rebelde”.

 

 

ROMANOS 11 – ISRAEL NÃO É REJEITADA

 

1, Indago, portanto: Acaso Deus rejeitou o seu povo? De forma nenhuma! Ora, eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim.

2, Deus não desprezou o seu povo, o qual de antemão conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz sobre Elias? Como ele clamou a Deus contra Israel, segundo afirma a Escritura:

3, “Senhor! Assassinaram os teus profetas e destruíram os teus altares; e somente eu permaneci, e agora procuram matar-me também”.

4, Entretanto, que lhe declarou a resposta divina? “Reservei para mim sete mil homens que não dobraram os joelhos diante de Baal!”

5, Assim, pois, em nossos dias, há igualmente um remanescente separado pela eleição da graça.

6, Porquanto, se é pela graça, já não o é mais pelas obras; caso fosse, a graça deixaria de ser graça.

7, A que conclusão chegar? Israel não conseguiu a bênção pela qual tanto buscava, mas os eleitos a receberam. Os demais foram endurecidos,

8, como está escrito: “Deus lhes deu um espírito de entorpecimento, olhos para não enxergar e ouvidos para não escutar, até o presente dia”.

9, E Davi afirma: “Que a mesa deles se transforme em laço e armadilha, pedra de tropeço e em retribuição para eles.

10, Escureçam-se os seus olhos, para que não consigam ver, e suas costas fiquem encurvadas para sempre”.

 

Os gentios: ramos enxertados

11, Uma vez mais pergunto: Acaso tropeçaram para que ficassem prostrados sobre a terra? De forma alguma! Antes, pela sua transgressão veio a salvação para os gentios, para provocar ciúme em Israel.

12, Contudo, se a transgressão deles constitui-se em riqueza para o mundo, e o seu insucesso, fortuna para os gentios, quanto mais significará a sua plenitude!

13, Agora estou falando a vós, gentios. Considerando que sou apóstolo dos gentios, exalto o meu ministério,

14, na expectativa de que, de alguma forma, possa instigar ciúme entre meus compatriotas a fim de que alguns deles sejam salvos.

15, Porque, se a rejeição deles significa a reconciliação do mundo, o que será a sua aceitação, senão vida dentre os mortos?

16, Se é santa uma parte da massa que é oferecida como as primícias dos frutos, a massa toda igualmente o é; se a raiz é santa, todos os ramos também o serão.

17, E se alguns dos ramos foram podados, e, tu, sendo oliveira brava, foste enxertado entre outros, e agora participas da mesma seiva que flui da oliveira cultivada,

18, não te vanglories contra esses ramos. Porém, se o fizeres, recorda-te, pois, que não és tu que sustentas a raiz, mas, sim, a raiz a ti.

19, Então, vós direis: “Os ramos foram cortados, para que eu fosse enxertado”.

20, É verdade. Entretanto, eles foram podados por causa da incredulidade deles. Porém, tu, que permaneces firme pela fé, não te envaideças, mas teme.

21, Porque, se Deus não poupou os próprios ramos naturais, de igual maneira não poupará a ti.

22, Considera, portanto, a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, mas bondade para contigo, desde que permaneças firme na bondade dele; do contrário, também tu serás excluído.

23, E quanto a eles, caso não permaneçam na incredulidade, serão reconduzidos, porquanto Deus é poderoso para enxertá-los novamente.

24, Afinal de contas, se tu foste cortado de uma oliveira brava por natureza e, de forma sobrenatural, foste enxertado na oliveira cultivada, quanto mais serão enxertados os ramos naturais em sua própria oliveira?

 

O amor de Deus salvará Israel

25, Irmãos, não quero que ignoreis este mistério para que não sejais presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegue a plenitude dos gentios.

26, E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: “Virá de Sião o redentor que desviará de Jacó a impiedade.

27, E esta é a minha aliança com eles quando Eu remover os seus pecados”.

28, Quanto ao Evangelho, eles são, na verdade, inimigos por causa de vós; mas quanto à eleição, amados por causa dos patriarcas.

29, Porque os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis.

30, Pois, assim como vós antigamente fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia em virtude da desobediência deles,

31, assim também estes, agora, tornaram-se desobedientes, para também alcançarem misericórdia em virtude da misericórdia a vós demonstrada.

32, Porquanto Deus colocou todos debaixo da desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.

 

Hino de adoração a Deus

33, Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!

34, Pois, quem conheceu a mente do Senhor? Quem se tornou seu conselheiro?

35, Quem primeiro lhe deu alguma coisa, para que Ele lhe recompense?”

36, Portanto dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele seja a glória perpetuamente! Amém.

 

 

ROMANOS 12 – SERVIÇO DEDICADO

 

1, Portanto, caros irmãos, rogo-vos pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto espiritual.

2, E não vos amoldeis ao sistema deste mundo, mas sede transformados pela renovação das vossas mentes, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

 

Como servir por meio dos dons

3, Porquanto, pela graça que me foi concedida, exorto a cada um dentre vós que não considere a si mesmos além do que convém; mas, ao contrário, tenha uma auto-imagem equilibrada, de acordo com a medida da fé que Deus lhe proporcionou.

4, Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e todos os membros não têm a mesma função,
5, assim também nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e cada membro está ligado a todos os outros.

6, Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé.

7, Se o teu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensina;

8, se é encorajar, aja como encorajador; o que contribui, coopere com generosidade; se é exercer liderança, que a ministre com zelo; se é demonstrar misericórdia, que a realize com alegria.

 

O amor é a base dos dons

9, O amor seja sem qualquer fingimento. Odiai, sim, o mal e apegai-vos ao bem.

10, Amai-vos dedicadamente uns aos outros com amor fraternal. Preferindo dar honra a outras pessoas, mais do que a si próprios.

11, Não sejais descuidados do zelo; sede fervorosos no espírito. Servi ao Senhor.

12, Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração.

13, Cooperai com os santos nas suas necessidades. Praticai a hospitalidade.

14, Abençoai os que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis.

15, Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que pranteiam.

16, Vivei em concórdia entre vós. Não sejais arrogantes, mas adotai um comportamento humilde para com todos. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos.

17, A ninguém devolvei mal por mal. Procurai proceder corretamente diante de todas as pessoas.

18, Empreendei todos os esforços para viver em paz com todos.

19, Amados, jamais procurai vingar-vos a vós mesmos, mas entregai a ira a Deus, pois está escrito: “Minha é a vingança! Eu retribuirei”, declarou o Senhor.

20, Ao contrário: “Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porquanto agindo assim amontoarás brasas vivas sobre a cabeça dele.

21, Jamais te entregues ao mal como vencido, mas vence o mal com o bem!

 

 

ROMANOS 13 – ESTAR SUJEITO AOS GOVERNANTES

 

1, Todos devem sujeitar-se às autoridades superiores; porquanto, não, há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Ele.

2, Portanto, quem se recusa a submeter-se à autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.

3, Porque os governantes não podem ser motivo de temor para os que praticam o bem, mas para os que fazem o mal. Não queres sentir-se ameaçado pela autoridade? Faze o bem, e ela o honrará.

4, Pois ela serve a Deus para o teu bem. Mas, se fizerdes o mal, teme, pois não é sem razão que traz a espada. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal.

5, Portanto, é imprescindível que sejamos submissos às autoridades, não apenas devido à possibilidade de uma punição, mas também por causa da consciência.

6, Por esta razão, igualmente pagais impostos; porque as autoridades estão a serviço de Deus, e seu trabalho é zelar continuamente pela sociedade.

7, Dai a cada um o que lhe é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra.

 

O amor no mundo agonizante

8, A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor fraterno, com que deveis vos amar uns aos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a Lei.

9, Porquanto os mandamentos: “Não adulterarás”, “Não matarás”, “Não furtarás”, “Não cobiçaras”, bem como qualquer outro preceito, todos se resumem neste mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

10, O amor não faz o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da Lei.

11, Fazei desta maneira, discernindo o tempo em que vivemos. Pois que já é hora de despertardes do sono; porque agora a nossa salvação está mais próxima do que quando cremos.

12, A noite vai passando e chegando ao seu final; o dia logo alvorecerá. Portanto, abandonemos as obras das trevas, e revistamo-nos da armadura da luz.

13, Vivamos de modo decente, como em plena luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavenças e invejas.

14, Ao contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo; e não fiqueis idealizando como satisfazer os desejos da carne.

 

 

ROMANOS 14 – PRINCÍPIOS DA CONSCIÊNCIA

 

1, Aceitai o que é fraco na fé, sem a preocupação de debater assuntos controvertidos.

2, Um crê que pode comer de tudo, e outro, cuja fé é fraca, come somente alimentos vegetais.

3, Aquele que come de tudo não deve menosprezar o que não come, e quem não come de tudo não deve condenar quem come; pois Deus o aceitou.

4, Quem és tu, que julgas o servo alheio? É para o seu senhor que ele está em pé ou cai. E permanecerá em pé, porquanto o Senhor é capaz de o sustentar.

5, Há quem considere um dia mais sagrado do que outro; outra pessoa pode entender que todos os dias são iguais. Cada um deve estar absolutamente convicto em sua própria mente.

6, Aquele que guarda um dia especial, para o Senhor assim o considera. Aquele que se alimenta de carne, o faz para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se priva, e também dá graças a Deus.

7, Porque nenhum de nós vive exclusivamente para si, e nenhum de nós morre apenas para si mesmo.

8, Se vivemos, para o Senhor vivemos; e, se morremos, é para o Senhor que morremos. Sendo assim, quer vivamos ou morramos, pertencemos ao Senhor.

9, Porquanto foi por este motivo que Cristo morreu e voltou a viver, para ser Senhor tanto de vivos quanto de mortos.

10, Mas, tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, igualmente, por que desprezas teu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus.

11, Porquanto está escrito: “Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, diante de mim todo o joelho se dobrará e toda língua confessará que Eu Sou Deus”.

12, Deste modo, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.

 

Motivo de louvor, não de tropeço

13, Portanto, abandonemos o costume de julgar uns aos outros. Em vez disso, apliquemos nosso coração em não colocarmos qualquer pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão.

14, Como uma pessoa que está no Senhor Jesus, tenho plena convicção de que nenhum alimento é por si mesmo ritualmente impuro, a não ser para aquele que assim o considera; para esse é impuro.

15, Se o teu irmão se entristece por causa do que tu comes, já não estás agindo por amor fraterno. Não destruas teu irmão por conta da tua comida, pois Cristo morreu também por ele.

16, Aquilo que é bom para vós não se torne motivo de maledicência.

17, Porquanto o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo;

18, Pois quem serve a Cristo desta forma é agradável a Deus e estimado por todas as pessoas.

19, Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e ao aperfeiçoamento mútuo.

20, Não destruas a obra de Deus por causa de comida. Na verdade, todo alimento é puro, mas se torna um mal se alguém vir nisso um motivo de escândalo.

21, É melhor não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve teu irmão a tropeçar.

22, Assim, seja qual for tua doutrina a respeito destes assuntos, guarda-a com convicção entre ti mesmo e Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova.

23, Todavia, aquele que tem dúvida é condenado se comer, pois não come com fé; e tudo o que não provém da fé é pecado!

 

 

ROMANOS 15 – ABDICAR DE SI EM BENEFÍCIO DOS OUTROS

 

1, Nós, que somos fortes, temos o dever de suportar as fraquezas dos fracos, em vez de agradar a nós mesmos.

2, Portanto, cada um de nós deve agradar ao próximo, visando o que é bom para o aperfeiçoamento dele.

3, Pois também Cristo não agradou a si próprio, mas, como está escrito: “Os insultos daqueles que te ofenderam caíram sobre mim”.

4, Porquanto tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo provenientes das Escrituras, mantenhamos firme a nossa esperança.

5, Que Deus, que nos concede perseverança e encorajamento, dê-lhes também a disposição de pensar unanimemente de acordo com Cristo Jesus.

6, Para que com uma mesma convicção e a uma só voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

7, Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos aceitou, para a glória de Deus.

8, Afirmo, pois, que Cristo se tornou servo dos que são da circuncisão, por amor à verdade de Deus, a fim de confirmar as promessas feitas aos patriarcas;

9, e para que também os gentios glorifiquem a Deus por sua misericórdia, como está escrito: “Por isso, eu te glorificarei entre os gentios e cantarei louvores ao teu Nome”.

10, E diz ainda: “Alegrai-vos, gentios, juntamente com o seu povo”.

11, E mais: “Louvai ao Senhor, todos os gentios, e louvem-no todos os povos”.

12, E Isaías, enfatizando, declara: “Brotará da raiz de Jessé, aquele que se levantará para reinar sobre os gentios; nele os gentios depositarão toda a sua esperança”.

13, Portanto, que o Deus da esperança vos abençoe plenamente com toda a alegria e paz, à medida da vossa fé nele, para que transbordeis de esperança, pelo poder do Espírito Santo.

 

Paulo, apóstolo para os gentios

14, Caros irmãos, eu estou pessoalmente convencido de que já estais cheios de bondade e plenamente supridos de toda a sabedoria, sendo, vós mesmos, capazes de orientar-vos uns aos outros.

15, Contudo, a respeito de alguns assuntos, vos escrevi com toda a franqueza, especialmente com a intenção de trazê-los uma vez mais à vossa memória, e isso, por causa da graça que Deus me concedeu,

16, de ser um ministro de Cristo Jesus para os gentios, com o dever sacerdotal de proclamar o Evangelho de Deus, para que os gentios se tornem uma oferta aceitável a Deus, santificados pelo Espírito Santo.

17, Tenho, portanto, razão para me orgulhar no Messias Jesus, no serviço que presto a Deus;

18, Porque não ousaria falar de assunto algum senão expressamente daquilo que Cristo tem realizado por meu intermédio em palavras e ações, com o objetivo de conduzir os gentios a obedecerem a Deus,

19, pelo poder de sinais e maravilhas e por meio do poder do Espírito Santo; de modo que desde Jerusalém e arredores, até Ilírico, tenho proclamado plenamente o Evangelho de Cristo.

20, Sempre fiz questão de pregar o Evangelho onde Cristo ainda não era conhecido, de forma que não estivesse edificando sobre um alicerce elaborado por outra pessoa.

21, Entretanto, como está escrito: “Aqueles a quem não foi proclamado, o verão; e os que ainda não haviam ouvido, compreenderão”.

22, É por esse motivo que muitas vezes fui impedido de chegar até vós.

 

Paulo quer ver os irmãos em Roma

23, Contudo, agora não tenho mais o que me detenha nessas regiões, e tenho já há muitos anos grande desejo de visitar-vos,

24, planejo fazê-lo quando for à Espanha. Espero visitá-los de passagem e por vós ser encaminhado à Espanha, logo após haver desfrutado um pouco da vossa comunhão.

25, Nesse momento, todavia, estou rumando para Jerusalém, a serviço dos santos.

26, Porquanto pareceu bem às igrejas da Macedônia e da Acaia levantar uma oferta fraternal para os pobres dentre os santos de Jerusalém.

27, Tiveram grande alegria nessa assistência, e de fato são devedores aos santos de Jerusalém. Pois, se os gentios participaram das bênçãos espirituais dos judeus, devem igualmente servir aos judeus com seus bens materiais.

28, Assim, havendo concluído essa missão, e me certificado de que receberam esse fruto, partirei para a Espanha, passando para visitá-los.

29, E bem sei que, quando for visitar-vos, irei sob a plenitude da bênção de Cristo.

30, Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus e pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo por meio das vossas orações a meu favor diante de Deus,

31, para que eu me livre dos descrentes da Judéia e que a ministração que desejo realizar em Jerusalém seja bem recebida pelos santos,

32, de maneira que, pela vontade de Deus, eu vos possa visitar com alegria e em vossa companhia desfrute de um período para recuperar as forças.

33, Que o Deus de paz seja com todos vós. Amém.

 

 

ROMANOS 16 – SAUDAÇÕES E AMOR MANIFESTO

 

1, Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que é diaconisa na igreja de Cencréia.

2, Peço que a recebais no Senhor, de modo digno como os santos devem ser recebidos e a ajudeis em tudo o que venha a necessitar, porquanto ela tem prestado grande auxílio para muitas pessoas, inclusive para mim.

3, Saudai Priscila e Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus.

4, Arriscaram a vida por minha causa, e por isto lhes sou muito grato, e não somente eu, mas todas as igrejas dos gentios.

5, Saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles. Saudai meu amado irmão Epêneto, que foi o primeiro convertido a Cristo na província da Ásia.

6, Saudai Maria, que trabalhou com todo empenho por vós.

7, Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de padecimento na prisão, os quais são dignos de louvor entre os apóstolos, e estavam em Cristo antes mesmo de mim.

8, Saudai Amplíato, meu dileto irmão no Senhor.

9, Saudai Urbano, que é nosso cooperador em Cristo, assim como meu amado Estáquis.

10, Saudai Apeles, aprovado em Cristo. Saudai os que pertencem à casa de Aristóbulo.

11, Saudai Herodião, meu parente. Saudai os da casa de Narciso, que estão no Senhor.

12, Saudai Trifena e Trifosa, mulheres que se dedicam arduamente ao trabalho no Senhor. Saudai a estimada Pérside, que igualmente empenhou-se com devoção à obra no Senhor.

13, Saudai Rufo, eleito no Senhor, e sua mãe, que tem sido mãe para mim também.

14, Saudai Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e os irmãos que estão com eles.

15, Saudai Filólogo, Júlia, Nereu e sua irmã, assim como Olimpas e todos os santos que com eles estão.

16, Saudai uns aos outros com um beijo santo. Todas as igrejas de Cristo vos enviam fraternas saudações.

 

Cuidado com os falsos servos

17, Rogo-vos, queridos irmãos, que tomem muito cuidado com aqueles que causam divisões e levantam obstáculos à doutrina que aprendestes. Afastai-vos deles!

18, Porquanto essas pessoas não estão servindo a Cristo, nosso Senhor, mas sim a seus próprios desejos. Mediante palavras suaves e bajulação, enganam o coração dos incautos.

19, Contudo, todos têm conhecimento da vossa obediência, por isso alegro-me sobremaneira; entretanto, quero que sejais sábios em relação a tudo que é bom, mas puros quanto ao que tem aparência maligna.

20, E, sem demora, o Deus da paz, esmagará Satanás debaixo dos vossos pés. A graça do nosso Senhor Jesus seja convosco!

 

Saudações da equipe de Paulo

21, Timóteo, meu colaborador, envia-vos saudações, bem como Lúcio, Jasom e Sosípatro, meus parentes.

22, Eu, Tércio, que redigi esta carta, também vos saúdo no Senhor.

23, Gaio, cuja hospitalidade eu e toda a igreja desfrutamos, vos envia saudações. Erasto, administrador da cidade, e nosso querido irmão Quarto também vos cumprimenta.

24, Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém!

 

Doxologia

25, Ora, àquele que tem o poder para vos confirmar, pelo meu Evangelho, segundo a proclamação de Jesus Cristo, em conformidade com a revelação do mistério oculto nos tempos passados,

26, porém, agora revelado e trazido ao conhecimento pelas Escrituras proféticas por ordem do Deus eterno, para que todas as nações crendo, venham a obedecer a Ele pela fé;

27, sim, ao único e sábio Deus seja dada Glória, por intermédio de Jesus Cristo, para todo o sempre. Amém!